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Na manhã desta terça-feira (16) dezenas de lideranças sindicais fizeram uma panfletagem para iniciar a divulgação da celebração do Dia do Trabalhador – 1º de Maio Unificado das Centrais Sindicais foi realizado, no Largo da Concórdia (Estação de Trem do Brás), em São Paulo SP. O evento, este ano, será realizado no Estacionamento da NeoQuímica Arena (Itaquerão – estádio do Corinthians), na Zona Leste da capital paulista, a partir das 10 horas. O 1º de Maio Unitário é organizado pelas centrais sindicais:
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Continua greve dos ferroviários do porto de Santos
terça-feira, 30 de junho de 2015
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Audiência de conciliação marcada para a tarde desta quarta-feira, no Tribunal Regional do Trabalho (TRT-SP)
Em assembleia na noite desta segunda-feira (29), os trabalhadores da Portofer Transporte Ferroviário resolveram manter por mais um dia a greve iniciada às 7 horas da manhã.
A empresa tem 300 empregados é responsável pela carga e descarga de granéis, contêineres e outros produtos de exportação e importação pelo porto de Santos.
Das 14 às 17 horas, representantes da companhia e do sindicato dos operários portuários (Sintraport) se reuniram, na secretaria municipal de assuntos portuários, mas não chegaram a consenso.
“A Portofer não melhorou sua oferta mesquinha de correção salarial”, reclama o presidente do sindicato, Claudiomiro Machado ‘Miro’. A Justiça do Trabalho marcou audiência de conciliação para esta quarta-feira (1º).
O sindicalista diz que continua aberto a negociações e estará nos locais de trabalho, nesta terça-feira (30), acompanhando a greve. Se houver nova contraproposta, ele a submeterá aos trabalhadores.
“Se a empresa continuar apostando na intransigência”, adverte Miro, “manteremos a paralisação até um posicionamento da Justiça do Trabalho. Estamos fazendo tudo nos termos da lei de greve”.
Estratégias
A empresa tentou esvaziar o movimento reivindicatório, determinando, na noite de domingo e madrugada de segunda, que os trabalhadores entrassem às 6 horas e não às 7, como é normal.
Com isso, ela impediu o acesso do sindicato aos trabalhadores que não participaram da assembleia da tarde de domingo (28), quando a greve foi confirmada. Ela já havia sido decretada na terça-feira (23).
Mesmo com essa estratégia, a direção do Sintraport e os trabalhadores que estiveram na assembleia de domingo, conseguiram convencer os demais, durante o dia.
A audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT-SP) está marcada para as 14 horas. Miro acredita que a Justiça do Trabalho apresentará proposta conciliatória acima do que a Portofer oferece.
Números
A categoria reivindica 9% de reajuste, na data-base de março, mas a empresa oferece 8,19%. “Esperávamos que ela abandonasse o radicalismo”, lamenta Miro, “mas preferiu prejudicar a logística portuária”.
A Portofer opera 800 vagões por dia na margem direita do porto, em Santos, e 600 na margem esquerda, no Guarujá. A maioria das cargas são granéis sólidos e contêineres.
A empresa tem 80 maquinistas, 80 operadores e 140 empregados em funções como supervisores, líderes e auxiliares de pátio e de operação, escriturários, pessoal de manutenção, rondantes e ‘olhos vivos’.
“A Portofer aposta na tese do quanto pior melhor, ainda que, para isso, prejudique uma empresa do porte da Codesp (estatal federal) e os usuários do porto”.
A assembleia desta segunda, como as de domingo e terça-feira, recusou, a correção inflacionária de 7,69% mais 0,5% de aumento real. A diferença que separa a greve do acordo é de apenas 0,81%.
A categoria está em ‘estado de greve’ desde 27 de maio, quando recusou os 7,69% nos salários e benefícios. “Pelo visto, a Portofer não acreditou na nossa disposição de luta”.
Defasagem
O tesoureiro do Sintraport, Albino Calixto de Souza, aposentado do setor ferroviário do porto, pondera que, “há 11 anos, a empresa concede apenas a reposição inflacionária, deixando os ganhos bem defasados”.
“As propostas ridículas da empresa”, diz ele, “não refletem a inflação real dos supermercados e do comércio em geral. Se considerarmos os preços dos serviços, então, a situação piora”.
O presidente do sindicato, Claudiomiro Machado Miro, por sua vez, lembra que a empresa suprimiu as horas extras sem a indenização que deveria ter sido paga imediatamente após a medida.