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Música e Trabalho: Titãs cantam ‘Epitáfio’
quinta-feira, 16 de abril de 2015
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A expressão em latim Carpe diem, original de um poema de Horácio (um dos maiores poetas da antiguidade), popularmente traduzida como “aproveite o dia”, voltou à moda a partir do lançamento do filme Sociedade dos Poetas Mortos (Peter Weir, 1989). No filme, um professor incentiva seus alunos a transgredirem as rígidas normas da escola, despertando neles não apenas o interesse pelo conhecimento, mas também a paixão, a vivacidade e a criatividade.
Antes do filme a ideia de aproveitar o momento presente, ainda que sem o uso da expressão Carpe diem, foi desenvolvida no poema Instantes, atribuído a Nadine Stair. No belo poema a poetiza afirma que: se pudesse viver novamente sua vida, na próxima trataria de cometer mais erros, de não ser tão perfeita, de relaxar mais. Ela afirma ainda que, nesta nova oportunidade, correria mais riscos, viajaria mais, contemplaria mais entardeceres, subiria mais montanhas, nadaria mais rios etc. Stair finaliza admitindo que foi uma pessoa sensata que viveu produtivamente cada minuto da sua vida. E, do alto de seus 85 anos de idade, chega à conclusão que a vida é feita só de momentos.
A música Epitáfio, dos Titãs, resgata essa ideia de “aproveitar bem a vida”. Ela é composta como se fosse um recado que diz que se você não aproveitar os momentos agora em sua lápide se lerá o epitáfio: “Devia ter amado mais…”.
Ao contrario de ser uma ode à negligência e ao descompromisso a música, tal como o poema e o filme, é uma resposta ao espírito capitalista que rege nossa sociedade. A lógica das relações de troca entre valores (trabalho, dinheiro, produtos) são tão impregnadas no senso comum que muitas vezes nos impedem de ver a beleza da vida e da natureza. Beleza que se revela em coisas simples, cotidianamente.
Epitáfio
(Sergio Brito/2001)
Intérprete: Titãs
Devia ter amado mais
Ter chorado mais
Ter visto o sol nascer
Devia ter arriscado mais
E até errado mais
Ter feito o que eu queria fazer…
Queria ter aceitado
As pessoas como elas são
Cada um sabe a alegria
E a dor que traz no coração…
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar distraído
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar…
Devia ter complicado menos
Trabalhado menos
Ter visto o sol se pôr
Devia ter me importado menos
Com problemas pequenos
Ter morrido de amor…
Queria ter aceitado
A vida como ela é
A cada um cabe alegrias
E a tristeza que vier…
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar distraído
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar…(2x)
Devia ter complicado menos
Trabalhado menos
Ter visto o sol se pôr…
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