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Nesta quarta-feira, nova greve na Codesavi, em São Vicente/SP
quarta-feira, 29 de junho de 2016
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Onze dias após o encerramento de uma greve de nove dias, começa outra greve, nesta quarta-feira (29), na Companhia de Desenvolvimento de São Vicente (Codesavi), empresa de economia mista controlada pela prefeitura.
“Já nem lembro quantas greves fizemos neste ano e em 2015”, diz o presidente do sindicato dos trabalhadores na construção civil (Sintracomos), Macaé Marcos Braz de Oliveira. “Mas foram todas por atrasos de salários, de benefícios ou dos dois ao mesmo tempo”.
Desta vez, o motivo da paralisação é a falta de resposta da companhia às reivindicações dos pouco mais de 1 mil empregados, com data-base de acordo coletivo em maio. E contra quase 200 demissões, na semana passada, “efetuadas sem critérios”, segundo Macaé.
Nesta quarta-feira, ao contrário do que ocorria nas outras greves, os trabalhadores não se concentrarão na Praça 22 de Janeiro, ao lado da biquinha. Eles ficarão em seus locais de trabalho, acompanhados por diretores do sindicato, aguardando novidades.
“Pode ser que a Codesavi apresente um proposta plausível e aí o pessoal estará nos seus devidos setores”, explica o presidente do sindicato. Na quinta-feira (30), porém, a assembleia será na Praça 22 de janeiro, às 7 horas, para analisar possível resposta da empresa.
Mesmo assim, a principal concentração de trabalhadores, nesta quarta-feira, será na biquinha. Também haverá considerável número de grevistas na sede operacional da Avenida Nações Unidas, 786, esquina com a Rua Mascarenhas de Moraes, 800, Vila Margarida.
Até a semana passada, a empresa tinha 1.250 empregados, mas, na quarta-feira (22), demitiu 100 comissionados e 85 operacionais. Macaé lamenta não poder confirmar os números por falta de informações por parte da Codesavi.
“Por mais que a gente pergunte, a direção da empresa e a prefeitura não respondem sobre o número de demitidos”, reclama o presidente do Sintracomos.
“Então, acabamos apenas estimando dados, o que é uma falta de transparência lamentável”.
A categoria reivindica “no mínimo”, conforme palavras do sindicalista, a reposição salarial com base na inflação dos últimos 12 meses, algo em torno de 10%. A greve desta semana foi aprovada em assembleia na noite desta terça-feira (28), na câmara municipal.