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Pessoal da Termaq de Praia Grande pode entrar em greve nesta 2ª
segunda-feira, 25 de maio de 2015
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Os 350 trabalhadores da empresa de terraplanagem, construção civil e escavações Termaq na região, concentrados principalmente em Praia Grande, poderão entrar em greve a partir desta segunda-feira (25).
O presidente do sindicato dos trabalhadores na construção civil, montagem e manutenção industrial, Macaé Marcos Braz de Oliveira, convocou a reunião nos termos da lei de greve (7783-1989). Ele apresenta aos trabalhadores a proposta da empresa para a data-base de maio.
“O que a Termac propõe só poder ser piada”, diz o sindicalista. “Além de não apresentar novos benefícios, ela quer reduzir os já existentes, onerando os empregados”.
O presidente do Sintracomos vê retrocesso também no reajuste salarial de 8,50% proposta pela Termaq: “Em praticamente todas as empresas do setor, conseguimos 10%”.
Ele explica que, com os 8,50%, o piso salarial do empregado não qualificado irá para R$ 1.241,59, quando o valor para a categoria da construção civil, montagem e manutenção é de R$ 1.270,30.
O mesmo acontece com o piso do trabalhador qualificado, que iria para R$ 1.615,92, ao passo que a categoria, em outras empresas, segundo ele, recebe R$ 1.653,32.
Macaé considera “um absurdo” a oferta de R$ 5,43 para o vale café-da-manhã: “Isso mal e porcamente dá para um pãozinho com um pouco de margarina e um café puro. Como trabalhar desse jeito?”.
O sindicalista defende que a empresa forneça um desjejum à altura do trabalho executado pelos empregados e também critica o vale-refeição de R$ 13,02 proposto pela Termaq: “Como almoçar com esse valor?”.
“A cesta básica de R$ 75,95 também só pode ser brincadeira” avalia o sindicalista. Ele não perdoa a empresa também no direito à participação nos lucros ou resultados (plr).
Segundo Macaé, a firma, “além de não ter pago a ‘plr’ de 2014, agora quer simplesmente extinguir o benefício, garantido por lei. E, pior ainda, nem fala do plano de saúde”.
O diretor do sindicato Leandro César dos Santos, que é da base da Termaq, acha que os trabalhadores aprovarão a greve na assembleia: “O acordo oferecido pela Termaq é simplesmente miserável”.