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Sindicato dos Trabalhadores em Papel e Celulose de Três Lagoas vão a Justiça por reajuste
sexta-feira, 21 de novembro de 2014
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O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Papel e Celulose após meses de negociação sem sucesso com as empresas Fibria, Eldorado Brasil e International Paper deu entrada ao processo de dissídio coletivo e, neste momento, aguarda a convocação para as audiências que devem acontecer em Campo Grande.
De acordo com o representante do sindicato, Almir Morgão, as indústrias não deram alternativas a não ser o processo movido na justiça do trabalho. “As propostas apresentadas pelas três empresas foram rejeitadas por mais de 70% dos trabalhadores, e mesmo após a rejeição as indústrias não se propuseram a aumentar nada em relação ao ganho real. Com essa decisão nossa única alternativa foi entrar com o dissídio coletivo”, explicou.
Ainda para o presidente do sindicato, algumas empresas não estão sabendo lidar com os trâmites de negociação, realizando manobras ilícitas para anular a decisão dos trabalhadores. “Por meio da nossa diretoria, recebemos inúmeras denúncias de funcionários que estão sendo coagidos dentro de algumas empresas, sendo obrigados a assinar abaixo – assinado contra a assembleia que eles mesmos votaram contra. Mas, o processo está na justiça e não tem mais volta”.
NEGOCIAÇÃO
A negociação se estende há 4 meses e nenhum acordo foi acertado entre as empresas Fibria, Eldorado Brasil, International Paper e o Sindicato da categoria. Os trabalhadores pedem um reajuste de 8,33%, mas as indústrias aceitam pagar, apenas, 7%
CARTA DE REPÚDIO
O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Papel e Celulose repudia a forma com que a empresa Fibria vem encarando as negociações sindicais. Por meio de seu corpo diretor, o Sititrel, recebeu inúmeras denúncias de coação e terrorismo dentro da indústria.
O Sindicato esclarece que a tentativa da Fibria em estabelecer um abaixo – assinado com o intuito de anular a assembleia que recusou (mais de 70% de reprovação) o reajuste ofensivo de 0,67% será em vão, pois o processo já se encontra na Justiça do Trabalho.
Além disso, o departamento jurídico do Sititrel tomará as devidas providências em relação à listagem que está sendo passada, protegendo os funcionários de manobras ilícitas praticadas pela empresa.
Com essas atitudes a indústria contribui, apenas, para a opressão democrática, não agregando nada de positivo as negociações. O Sindicato recomenda que a Fibria guarde suas “armas” e trate o problema com números justos aos seus empregados, de forma pacífica e honesta.
Por fim, o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Papel e Celulose pede que a categoria confie nas decisões que estão sendo tomadas e tenha a certeza que todo esforço para concretizar o melhor acordo coletivo da história dos trabalhadores de papel e celulose de Três Lagoas – MS está sendo realizado.