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Renda de trabalhador venezuelano se destaca entre imigrantes no país

quarta-feira, 22 de novembro de 2017

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Renda de trabalhador venezuelano se destaca entre imigrantes no país

Acompanhando a queda do emprego no país, o número de trabalhadores estrangeiros que atuam no mercado formal de trabalho brasileiro diminuiu 11% em 2016, na comparação com 2015, de acordo com a Relação Anual de Informações Sociais (Rais) divulgada em outubro pelo Ministério do Trabalho.
Renda de trabalhador venezuelano se destaca entre imigrantes no paísCrédito: Divulgação
o ano passado, eles somavam 115.961 pessoas, ante 131.037 no período anterior.

Em meio a essa queda geral, chama atenção o aumento expressivo de contratações de trabalhadores de quatro nacionalidades, embora componham um contingente pequeno do total de estrangeiros: venezuelanos (45%), congoleses (40%), angolanos (72%) e senegaleses (70%). A média salarial dos venezuelanos se destaca: R$ 6.737, na comparação com R$ 1.774 dos senegaleses, R$ 1.548 dos congoleses e R$ 1.535 dos angolanos.

Os venezuelanos também recebem mais que outros imigrantes sul-americanos, como chilenos, peruanos e uruguaios, mas ficam abaixo dos europeus, a maioria com vencimentos médios acima de R$ 10 mil mensais. Em 2016, a média salarial no mercado formal foi de R$ 2.843, segundo a Rais.

O aumento da mão de obra venezuelana formal no Brasil é resultado da crise que se estende há vários anos no país vizinho, afirma João Marques, presidente da Emdoc, consultoria de mobilidade que atua em 26 países. Geralmente, diz, são profissionais que trabalhavam em filiais de empresas naquele país e foram transferidos para regiões menos conturbadas da América Latina.

"É um pessoal altamente qualificado, que muitas vezes já veio com emprego garantido. As empresas desmobilizam os equipamentos no país, mas transferem os 'cérebros' para outras filiais". Chile, Peru e México também perceberam o mesmo movimento. O setor petroquímico e de tecnologia da informação foram os que mais receberam profissionais venezuelanos no Brasil, segundo Marques.

É o caso de Yany Carrasco, 35 anos. Formada em engenharia industrial na Universidade de Carabobo, na cidade de Valencia, norte da Venezuela, ela visitou o Brasil algumas vezes antes de vir definitivamente. Analista de qualidade da empresa dinamarquesa Danfoss, indústria de refrigeração industrial, foi transferida de Valencia para Osasco, na região metropolitana de São Paulo. A unidade na cidade venezuelana, que tinha um setor administrativo e de vendas com cerca de 40 funcionários, foi fechada. "A Venezuela se fechou. Ficou muito difícil fazer importações", afirma.

Yany diz ter aceito o convite para mudar-se para o Brasil porque, se ficasse, não teria boas oportunidades de trabalho. Outros 14 profissionais que trabalhavam com ela se espalharam por outros países. "Senti que haveria dificuldade de crescimento profissional. Dos que se formaram comigo na universidade, muitos foram para fora. Amigas que ficaram hoje trabalham como babás, por exemplo. E tenho um irmão que se mudou para a Flórida". Depois de Yany, dois venezuelanos vieram trabalhar no mesmo escritório este ano.

Profissionais como a analista venezuelana se diferenciam daqueles que têm entrado como refugiados para tentar uma chance no Brasil. Nesse contingente há pessoas qualificadas, mas muitas já estavam em situação de vulnerabilidade no país de origem.

Marta Mitico, sócia-fundadora da BR-Visa, consultoria especializada em mobilidade global, destaca que há dois movimentos no mercado de trabalho: estrangeiros buscando emprego no país e demanda de empresas instaladas por aqui. "A primeira situação é a mais recorrente, de pessoas vindo de países em crise, como nações africanas e latino-americanas. Vale ressaltar que, por mais que exista aumento do trabalho formal [em alguns casos], não implica melhora no quadro das comunidades estrangeiras, uma vez que o número de ilegais é obscuro", afirma.

Segundo pesquisa do Conselho Nacional de Imigração (CNIg) feita com apoio do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), a maioria dos imigrantes venezuelanos que entram no Brasil por Roraima é composta por jovens com bom nível escolar. O levantamento, feito com 650 pessoas e divulgado em setembro, informa que 72% têm 20 e 39 anos, 63% são do sexo masculino e 54% são solteiros. Um em cada três (32%) tem curso superior completo, ou pós-graduação, enquanto três em cada quatro (78%) chegam com nível médio completo. O principal motivo para emigrar foi a crise econômica (77%).

Quanto ao aumento de senegaleses, angolanos e congoleses no trabalho formal, Marques, da Emdoc, diz que esse fluxo ainda é reflexo de um movimento iniciado na Copa de 2014. "Muitos vieram para ver os jogos e não voltaram. E outros continuaram a chegar." Esse contingente foi trabalhar na agropecuária e construção civil, em que os salários são mais baixos. "Vieram arriscar, procurar uma oportunidade de vida melhor."

Nos últimos quatro meses, aumentaram as consultas de empresas instaladas no Brasil interessadas em contratar pessoal estrangeiro, em linha com a retomada gradual da economia e do mercado de trabalho. "Tivemos mais consultas nesses quatro meses que nos últimos dois anos", diz Marques. Mas ainda vai levar algum tempo até que o Brasil volte a receber um contingente maior de mão de obra do exterior.

Segundo dados da Emdoc, até 2013, o número de trabalhadores estrangeiros crescia a uma média de 15% ao ano. De 2014 a 2016, houve queda de 70% na entrada desses profissionais. Em 2013, o Brasil representava 46% do movimento de trabalhadores estrangeiros nos 26 países em que a Emdoc trabalha. Em 2016, essa fatia caiu a 20,2%, por causa da crise político-econômica e da insegurança jurídica, diz Marques. Na atual retomada, as áreas que mais têm procurado profissionais estrangeiros são as de tecnologia de informação e agroindústria.

Marta, da BR-Visa, diz que a demanda por trabalho estrangeiro começa a dar indícios de melhora após dois anos de queda. "No segundo semestre de 2017, a demanda interna começou a se equilibrar e o ano pode fechar com estabilidade em relação ao ano passado", afirma. "A crise é o principal motivo para a queda do números de estrangeiros no país. Contratar um funcionário estrangeiro é visto muitas vezes como um investimento elevado para as empresas", afirma.

Segundo Marta, há um início de "sentimento de calmaria" econômica, que tende a perdurar por causa dos juros baixos, câmbio menos oscilante e expansão do PIB. Por causa desse cenário, nota-se uma mudança de postura das empresas.

"As contratações de estrangeiros tendem a subir novamente, sim. Quanto maior é o crescimento do país, maior a segurança de investir por aqui e, logo, maior a contratação de mão de obra de fora", diz ela. Em um cenário de volta de investimentos, as empresas buscam estrangeiros para cargos de maior complexidade, como diretores e gerentes, afirma.
Fonte: Valor

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