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Miguel Torres
Juros da dívida interna é a grande despesa do governo
segunda-feira, 6 de julho de 2015
Miguel Torres
Como já dissemos anteriormente, o aperto monetário que o governo federal vem promovendo, com a intenção de conter a inflação, vem penalizando enormemente a classe trabalhadora brasileira, principalmente os trabalhadores de renda mais baixa.
Apenas nos cinco primeiros meses de 2015, os gastos do governo com o pagamento dos juros da dívida interna aos grandes especuladores alcançaram o estratosférico valor de R$ 198,8 bilhões – equivalentes a 8,4% do PIB –, o que representa R$ 1,3 bilhão por dia, incluindo-se aí finais de semana e feriados. É o pior desempenho desde 2001, tanto em percentual de geração de riquezas no País quanto em termos nominais (no período de um ano, a dívida do governo aumentou em cerca de R$ 200 bilhões, graças à sua dificuldade de arrecadar e economizar).
Vale ressaltar que esses R$ 198,8 bi representam uma alta de 95,8% em relação aos juros pagos no mesmo período do ano passado (R$ 101,5 bilhões), e que essa alta só aconteceu graças às majorações nos principais elementos de correção da dívida, ou seja: a taxa básica de juros (Selic) e os índices de preços, induzidos pelo dólar alto e pelo reajuste das tarifas públicas.
Dá para imaginar quantas escolas e creches poderiam ser construídas com todo esse dinheiro? Quantos hospitais? E se esse dinheiro fosse investido no parque industrial brasileiro, haveria tanto desemprego como há hoje? Pois é… na verdade o aperto financeiro imposto pelo governo tem custado muito caro para o País. E a intenção do governo em promovê-lo, sob o argumento de conter a inflação, está se mostrando totalmente desacertada, pois a inflação está aí, feroz e voraz novamente.
Lembramos que os juros altos são os grandes responsáveis pela desindustrialização que vem ocorrendo no País, pela queda na produção, no consumo e pelo “boom” do desemprego.
A Força Sindical luta por um Brasil para todos os brasileiros. Um País igualitário, com emprego decente, bons salários, educação de qualidade, saúde e justiça social. Só que o governo tem de fazer a parte dele!
Miguel Torres
Presidente da Força Sindical