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Miguel Torres
Trabalhador protesta para não pagar a conta da crise
segunda-feira, 2 de março de 2015
Miguel Torres
Não vamos tolerar que os trabalhadores paguem a conta de uma crise que foi criada pelas elites e por um governo medíocre que privou o País de se desenvolver de forma sustentada. Assim, nossa luta visa a derrubar as medidas provisórias (MPs) 664 e 665, acabar com a elevação dos juros e impedir o aumento de impostos.
Para tirar o País da crise, reivindicamos a implementação pelo governo federal da nossa pauta de reivindicações, que aponta para um crescimento econômico com valorização do trabalho.
Em relação aos pleitos imediatos, queremos 6,5% de correção da tabela do Imposto de Renda na Fonte e a derrubada do projeto de lei que institui a terceirização generalizada nas empresas.
Por isso, as Centrais Sindicais deflagram hoje, 2 de março, uma manifestação nacional para derrubar as MPs que dificultam o acesso das pessoas aos benefícios trabalhistas e previdenciários. Hoje, começam a valer as restrições de acesso ao seguro-desemprego.
Precisamos fazer atos massivos com ampla participação popular. Em São Paulo, o protesto será realizado em frente a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego.
Estão marcadas ainda manifestações para o interior (Santos, Sorocaba, Marília, Bauru e Guarulhos) e outros Estados como Acre, Amazonas, Bahia, Pará e Santa Catarina.
Ainda em março, o movimento sindical já marcou uma série de protestos para revogar as medidas que atacam direitos e dificultam o acesso das pessoas a benefícios trabalhistas e previdenciários, aumento de impostos e alta dos juros.
Enquanto o governo federal busca fazer o ajuste fiscal para colocar suas contas em dia, os trabalhadores vão radicalizar a luta para não pagar a conta da crise. Na nossa opinião, os ricos é quem devem arcar com este custo. O governo precisa taxar as grandes fortunas.
MIGUEL TORRES, presidente da Força Sindical