A reunião do presidente do Sindest, Fábio Pimentel, com o secretário municipal de Saúde de Santos, Adriano Catapreta, marcada para esta terça-feira (20), foi adiada para a semana que vem.
“A reunião não aconteceu, mas foi boa”, ironiza o sindicalista. Ele foi recebido por um assessor da secretaria de comunicação a serviço do gabinete de Catapreta, que postergou a reunião para o dia 27.
O presidente do sindicato dos 11 mil servidores municipais estatutários e 7 mil aposentados acredita que o secretário de saúde transferiu a reunião por mágoa de críticas recebidas na segunda-feira (19).
Imediatas nomeações
Em programa ao vivo pelo Facebook, Youtube e Instagram, Fábio mais os diretores de comunicação e administrativo, Daniel Gomes e Rogério Catarino, foram duros nas avaliações do secretário.
O motivo da ‘live’ foi o número insuficiente de farmacêuticos e técnicos de farmácia nas unidades de saúde e os problemas que isso acarreta aos profissionais e à população.
Sobre isso, o assessor que recebeu Fábio e o diretor de assuntos profissionais do sindicato, Carlinhos Nobre, anunciou a nomeação imediata de três técnicos de farmácia.
Falhas em portaria
O funcionário assegurou ainda, provavelmente autorizado por Catapreta, que serão criados em breve mais dez vagas nessa função, amenizando assim os problemas.
Os dois sindicalistas ponderaram ao assessor, como foi feito na ‘live’ pelos demais diretores, que a edição da recente portaria 27-2023, de 7 de junho, agravou mais ainda a situação.
“Tecnicamente, a portaria está correta por obedecer legislação pertinente”, disse o presidente do sindicato. “Mas, na prática, ela falha porque nem todas as unidades têm os profissionais de farmácia”.
Ameaças de agressões
A entrega dos medicamentos aos usuários, nesses casos, é feita pelo pessoal de enfermagem, que, segundo Fábio, é desviado de suas funções de atendimento específico aos pacientes.
Muitas vezes, conforme os sindicalistas e relatos nas mensagens durante a ‘live’, há quem se revolte com as dificuldades no fornecimento dos remédios e ameace agredir os profissionais.
Por isso, a segurança nos locais de trabalho, pela guarda municipal ou polícia militar, será uma das reivindicações da reunião com o secretário na terça-feira.
Reunião assertiva
“Esperamos que a reunião seja assertiva, clara, direta, objetiva”, disse Fábio após o encontro com o assessor de Catapreta. Ele adiantou alguns dos prontos que pretende tratar.
Um deles é o adicional de plantão no serviço de atendimento móvel de urgência (Samu) e demais unidades da prefeitura, sobre o que o sindicato enviou proposta ao prefeito Rogério Santos (PSDB).
Outros dizem respeito à diária dos motoristas lotados no serviço ‘tfd’ (tratamento fora de domicílio) e diversos problemas dos profissionais de enfermagem.