Na manhã desta terça-feira (16) dezenas de lideranças sindicais fizeram uma panfletagem para iniciar a divulgação da celebração do Dia do Trabalhador – 1º de Maio Unificado das Centrais Sindicais foi realizado, no Largo da Concórdia (Estação de Trem do Brás), em São Paulo SP.
O evento, este ano, será realizado no Estacionamento da NeoQuímica Arena (Itaquerão – estádio do Corinthians), na Zona Leste da capital paulista, a partir das 10 horas.
O 1º de Maio Unitário é organizado pelas centrais sindicais:
Central Única dos Trabalhadores (CUT);
Força Sindical;
União Geral dos Trabalhadores (UGT);
Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB);
Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST);
Central de Sindicatos do Brasil (CSB);
Intersindical – Central da Classe Trabalhadora e
Pública – Central do Servidor
Este ano, o lema do 1º de Maio Unificado será “Por um Brasil mais Justo” e vai destacar emprego decente; correção da tabela do Imposto de Renda, juros mais baixos, aposentadoria digna, salário igual para trabalho igual e valorização do serviço público.
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quarta-feira, 14 de abril de 2021
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Brasil é única grande economia em desaceleração porque não combateu a pandemia
Comparação internacional aponta que os países que retomaram o crescimento foram aqueles que tiveram sucesso no enfrentamento da covid-19
Estudo divulgado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) aponta que o Brasil é a única grande economia que está em desaceleração em 2021. Além disso, o relatório Focus, do Banco Central (BC), aumentou as projeções de inflação e reduziu as expectativas de crescimento. Sem políticas de contenção da pandemia, a covid-19 continua a assolar o país, aumentando as incertezas dos agentes econômicos.
De acordo com o diretor técnico do Dieese, Fausto Augusto Junior, os dados da OCDE apontam que os países com melhores perspectivas de crescimento da economia foram aqueles que adotaram políticas bem-sucedidas no enfrentamento da pandemia. O que, mais uma vez faz cair por terra a falsa dicotomia entre preservar vidas e manter a economia funcionando.
“O Brasil está nesse grupo de países que não conseguem nem repor as perdas do ano passado. Estamos terminando o primeiro quadrimestre, e o país continua como se estivesse em 2020”, disse Fausto, em entrevista a Glauco Faria no Jornal Brasil Atual desta quarta-feira (14).
O cenário atual é ainda mais grave, segundo ele, pois o governo Bolsonaro abriu mão de ferramentas de manutenção do emprego que foram utilizadas no ano passado. Houve apenas a reedição do auxílio emergencial. Ainda assim, com valores reduzidos e atendendo a um público muito menor.
Dependência
Por outro lado, além dos impactos na economia, a pandemia também desnudou a fragilidade do setor industrial do país. No ano passado, com a eclosão da doença, houve até mesmo a escassez de máscaras. Atualmente, a produção de oxigênio – outro insumo básico – também encontra dificuldades para suprir o aumento da demanda. Ao mesmo tempo, o redução dos investimentos em inovação e pesquisa acentuou a dependência do Brasil em relação à importação de insumos farmacêuticos voltados para a produção de vacinas e medicamentos.
“Com relação à química fina, China e Índia são referências, em especial na produção de fármacos. Por outro lado, no Brasil, temos basicamente duas fábricas para a produção de vacinas. Ambas estatais. O Brasil, de certo modo, abandonou os investimentos na indústria de fármacos. Predomina claramente a prioridade em relação ao setor agroexportador. A gente tem mais fábricas de vacinas de bovinos do que de humanos”, criticou Fausto.